Se há alguns anos Ciências Sociais era curso para se tornar professor, e Filosofia era considerado hobby, hoje a realidade nos mostra um caminho um pouco diferente, as empresas estão procurando esse tipo de profissional para entender o comportamento das  pessoas , e a partir daí desenvolver tecnologia . É  preciso perceber os movimentos das pessoas para  comunicar-se com elas.Genevieve Bell conta nesta matéria para a BBC, como ela antropóloga, foi contratada pela Intel há 12 anos para entender os hábitos de consumo de diferentes culturas e  prever  o comportamento futuro. Hoje em dia sua equipe já conta com sociólogos e psicólogos para ajudar na colheita e análise de dados.

O foco nunca foi diretamente comercial, sua equipe tinha total liberdade para ir atrás e conseguir compreender o Homem e o consumo sem estar atrelada  a  campanhas de lucro imediato.

“O trabalho envolvia sair do escritório, ir até as ruas, às casas das pessoas e pergunta-las diretamente”, o contato direto com seu consumidor dava a Bell uma perspectiva diferente, com a chance de por em cheque algumas ideias que poderiam parecer óbvias, mas na realidade eram bem diferentes. Ela cita o caso da utilização de redes sociais na Indonésia; apesar da alta taxa de penetração dentro da população, a utilização é primordialmente feita via celular, isso porque a qualidade do acesso à Internet lá é extremamente ruim, levando a população a usar as redes 3G.

O contato direto com o público é um diferencial, perceber seus comportamentos e anseios  pode trazer ideias novas e frescas ao mesmo tempo que bem direcionadas . A visão de profissionais que não estão diretamente focados no mercado corrobora e abre propostas diferentes de atuação.

A transmodalidade  de pensamento diante de um corpo diverso de profissionais é um terreno fértil que pode ser fonte para a mudança  e descobrimento nas novas maneiras de perceber e surpreender seu público estratégico.